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Footnager: Ainda há clubes no mundo que só aceitam jogadores do "seu" país.

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Mensagem  Footnager 26/12/2015, 12:12 pm

Athletic Bilbao
A exclusividade basca não dura desde a fundação do clube, em 1889. Chamava-se Athletic Club porque os seus fundadores eram operários e mineiros britânicos de Bilbau que se juntaram a bascos que haviam estudado e aprendido as regras do futebol em Inglaterra - Franco tentou limpar as origens britânicas do clube obrigando-o a mudar o nome para Atlético, mas a medida foi anulada quando o franquismo caiu. No início, havia jogadores ingleses e a exclusividade só entrou em prática a partir de 1912.

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O conceito, que não está escrito nos estatutos do clube, tem evoluído de modo a manter um campo de recrutamento o mais abrangente possível sem trair a filosofia da coisa. Não é obrigatório que os jogadores tenham nascido nos territórios do País Basco espanhol (Biscaia, Guipúzcoa e Álava), Navarra e o País Basco francês (que teve apenas um representante no Athletic, Bixente Lizarazu, que seria campeão mundial com a seleção francesa).

Também são elegíveis jogadores que cresceram em Euskadi. Por exemplo, o defesa Fernando Amorebieta nasceu na Venezuela e é internacional venezuelano, mas pode jogar no Athletic porque os seus pais são bascos e ele cresceu na região. Há também o caso de Victor Monteiro Oliveira, que nasceu em Guimarães e que foi para o País Basco acompanhando os pais, imigrantes.

Apesar do conceito mais lato de nacionalidade basca, a verdade é que o clube depende muito da sua formação e do recrutamento noutros clubes da região, como o Osasuna, o Alavés e até a Real Sociedad, o grande rival regional - Etxeberria, por exemplo, foi contratado com 17 anos ao clube de San Sebastián.

E a verdade é que, mesmo estando longe do topo do futebol espanhol, o Athletic é um dos três clubes que nunca desceram da Primeira Divisão (os outros são Barcelona e Real Madrid), o quarto clube com mais títulos de campeão (oito) e o segundo que mais vezes ganhou a Taça do Rei (23, menos três do que o Barcelona e mais cinco que o Real).

Chivas Guadalajara
Como muitos clubes da América Latina, o mexicano Club Deportivo Guadalajara surgiu em 1906 por iniciativa de um imigrante europeu, neste caso belga, e adotou as cores do clube preferido do seu fundador, o Club Brugge. As primeiras equipas tinham belgas, franceses, espanhóis e mexicanos, mas, dois anos depois, tomou-se a decisão de fazer alinhar apenas jogadores do país. Em mais de cem anos de história, o Chivas, apenas com mexicanos, tornou-se no clube mais popular do país e aquele que tem mais títulos de campeão no currículo (11).

O Chivas é mais purista do que o Bilbao nas suas medidas protecionistas. Não admite jogadores naturalizados, nem mexicanos que joguem por outras seleções - como acontece com o internacional venezuelano Amorebieta. "Os jogadores mexicanos que, por nascimento, tenham a possibilidade de jogar pela seleção de outro país não entram nesta instituição", lia-se num comunicado recente do clube, depois de se ter falado que Johan Cruyff, na altura diretor desportivo do clube, queria utilizar jogadores naturalizados.

No mesmo comunicado, o Chivas, que, tal como o Bilbao, não aplica esta regra aos treinadores, acrescenta que são elegíveis aqueles que a Constituição do país define como mexicanos: os que nasçam no território, seja qual for a nacionalidade dos pais; os que nasçam no estrangeiro filhos de pais mexicanos; os que nasçam a bordo de aviões ou embarcações mexicanas. Nestes parâmetros, o Chivas pode ter, por exemplo, jogadores nascidos a norte da fronteira, nos EUA, como Miguel Ponce, nascido na Califórnia. Jorge Vergara, dono do Chivas Guadalajara, quis instituir uma política de usar jogadores com herança mexicana no Chivas USA, clube baseado em Los Angeles que alinha na Major League Soccer.

El Nacional, de Quito
O Club Deportivo El Nacional, de Quito, é o segundo clube com mais títulos de campeão no Equador (13) e também aposta, exclusivamente, em jogadores nacionais, e isto acontece desde a sua fundação, em 1960. A política protecionista do clube ficou definida por um dos seus fundadores, Hugo Enderica Torres, um general na reserva, e as origens militares continuam vivas até hoje, com a direção do clube a ser composta apenas por membros das Forças Armadas do país. Em 2011, foi proposto em assembleia geral a integração de jogadores estrangeiros no Nacional, mas os sócios votaram contra. "Temos de fortalecer os nossos escalões de formação e é essa a razão de ser do nosso clube", dizia, na altura um dirigente do Nacional.

FONTE:
http://footnager.blogspot.com.br/2015/12/ainda-ha-clubes-no-mundo-que-so-aceitam.html

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